Daniel Sousa, um treinador que valoriza a intensidade e a velocidade dos avançados, destaca-se por sua abordagem pragmática e focada em resultados. Após uma pausa entre o Gil Vicente e o Arouca, ele retornou com força total, demonstrando coragem ao aceitar desafios complicados. Sob seu comando, os jogadores do Arouca superaram expectativas, alcançando sétimo lugar na liga. Além disso, Sousa contribuiu para a valorização de ativos importantes através da venda de jogadores por valores significativos.
Avaliando Talentos e Superando Desafios
Daniel Sousa demonstrou habilidades excepcionais na avaliação de talentos e na condução de equipes em situações adversas. Ao assumir o comando do Arouca após um período inativo, ele não hesitou em enfrentar um cenário difícil. Analisou friamente a situação do clube e percebeu que a qualidade dos jogadores estava além de sua posição na tabela. Seu primeiro teste veio rapidamente com a eliminação do Boavista da Taça de Portugal, seguida por uma vitória impressionante fora de casa. Esses resultados iniciais fortaleceram a confiança do time e facilitaram a gestão psicológica da equipe.
O treinador enfatizou a importância dos resultados positivos como base para um bom ambiente dentro do grupo. Ele explicou que, independentemente das circunstâncias, vencer sempre ajuda na construção de uma mentalidade vencedora. Com essa filosofia, Sousa conseguiu levar o Arouca a um sétimo lugar na temporada, considerado por muitos como seu melhor trabalho até agora. Além disso, ele preferiu ser reconhecido através do desempenho dos jogadores, evitando a busca por holofotes pessoais. Esta abordagem silenciosa permitiu que seus jogadores brilhassem, especialmente aqueles que foram posteriormente vendidos por altos valores.
Desenvolvendo Avançados de Alto Impacto
Sousa é conhecido por sua capacidade de extrair o máximo de potencial de avançados que se destacam pela intensidade e movimentação constante. Durante suas passagens pelo Gil Vicente e Arouca, ele trabalhou com jogadores que possuíam características únicas. Fran Navarro e Mujica, por exemplo, eram jogadores que se destacavam por sua disposição em realizar corridas intensas e esticar o jogo, criando espaços e oportunidades para os companheiros. Este tipo de perfil de atacante, segundo Sousa, é essencial tanto para criar chances de gol quanto para abrir espaços no campo.
O treinador também mencionou a importância de ter avançados que continuem a se esforçar mesmo quando as jogadas não resultam em gols. Ele comparou essa persistência à descrição feita pelo ex-jogador Pastore sobre Cavani, que realizava múltiplas corridas profundas durante os jogos. Sousa observou que esse comportamento era crucial para manter a dinâmica ofensiva da equipe. Além disso, ele destacou que jogadores como Viktor Gyokeres também compartilhavam dessas qualidades, contribuindo para a eficácia tática do time. Esta abordagem permitiu que as equipes sob seu comando jogassem com mais liberdade e criatividade, explorando tanto as jogadas externas quanto as internas.