O ex-presidente do FC Porto, Pinto da Costa, faleceu aos 87 anos, deixando um rico legado na história do clube. Nascido em Cedofeita no dia 28 de dezembro de 1937, o quarto filho de José Alexandrino Teixeira da Costa e Maria Elisa Bessa de Lima Amorim Pinto, construiu uma vida dedicada à instituição portista. Desde sua juventude, ele se envolveu em várias modalidades esportivas antes de se concentrar no futebol. Aos seis anos, tornou-se sócio do clube e começou a participar ativamente em diversas atividades. Sua paixão pelo FC Porto cresceu ao longo dos anos, culminando com seu papel crucial como presidente.

Pinto da Costa nasceu no "Dia dos Santos Inocentes", data que sempre mencionava com orgulho. Filho de uma família numerosa, desde cedo demonstrou interesse pelos esportes praticados pelo FC Porto. No colégio, adquiriu disciplina e hábitos de trabalho que seriam fundamentais para sua carreira posterior. A primeira vez que viu um jogo do FC Porto foi aos ombros do irmão mais velho, pois era muito baixo para ver por conta própria. Este momento inicial marcou o início de uma jornada apaixonante.

A inscrição como sócio do FC Porto em 1953, oferecida pela avó Alice, foi um ponto de virada em sua vida. Ele passou a frequentar regularmente os jogos das diferentes modalidades do clube, especialmente hóquei em patins e futebol. A vitória do campeonato nacional em 1956, conquistada graças a um penálti decisivo de Hernâni, foi um marco memorável para Pinto da Costa. Aos 20 anos, aceitou um convite para se tornar vogal da secção de hóquei em patins, iniciando assim sua trajetória administrativa no clube.

Seu casamento com Manuela Carmona Graça em 1964 e o nascimento de seu filho Alexandre em 1967 foram momentos pessoais importantes. Paralelamente, continuou contribuindo para o desenvolvimento do FC Porto. Foi promovido a chefe da secção de hóquei em patins e assumiu responsabilidades adicionais no pugilismo. Em 1969, integrou a direção do clube sob a presidência de Afonso Pinto Magalhães. Embora tenha recusado um convite para integrar a lista de Américo Sá em 1972, sua dedicação ao clube nunca diminuiu.

A trajetória de Pinto da Costa está intrinsecamente ligada à história do FC Porto. Seu amor pelo clube, cultivado desde a infância, levou-o a desempenhar papéis significativos em várias áreas. Do primeiro título nacional que testemunhou até suas contribuições administrativas, ele deixou uma marca indelével na instituição. Sua vida exemplifica a devoção e compromisso que um verdadeiro líder pode ter com sua paixão, inspirando gerações futuras de torcedores e dirigentes do FC Porto.