O tenista russo Andrey Rublev, atualmente no nono lugar do ranking mundial da ATP, abriu o coração sobre sua longa batalha contra a depressão. Em entrevista ao jornal The National dos Emirados Árabes Unidos, Rublev confessou que esteve envolvido em um ciclo de desespero durante anos, questionando o propósito de sua vida. Ele enfatizou a dificuldade de lidar com esse estado mental por períodos prolongados, além de mencionar que os medicamentos prescritos não trouxeram a melhora esperada. A ajuda de Marat Safin, ex-número 1 do mundo, foi crucial para sua recuperação gradual. Após um hiato após o US Open, Rublev voltou às vitórias no ATP 500 de Doha, conquistando seu 17º título e marcando o fim de um jejum de nove meses.
Ao refletir sobre sua jornada, Rublev destacou momentos sombrios em que questionava a razão de viver. Ele explicou que, inicialmente, considerou normal sentir-se perdido por alguns meses, mas a extensão do período o deixou profundamente abalado. Durante esses anos, ele experimentou diversos tratamentos, incluindo antidepressivos, mas percebeu que a medicação não era a solução ideal. O atleta relatou uma sensação estranha após um ano de uso, optando por interromper o tratamento farmacológico.
Em meio a essa luta pessoal, a orientação de Marat Safin fez toda a diferença. Segundo Rublev, as conversas com Safin foram quase como um recomeço. Gradualmente, ele começou a encontrar um caminho mais positivo. Essa mudança interna permitiu que Rublev retomasse suas atividades profissionais com maior clareza mental. Após um afastamento notável do circuito, o retorno triunfal em Doha marcou um novo capítulo em sua carreira.
Rublev afirmou que ainda busca encontrar seu melhor estado emocional e esportivo. Embora já não sinta estresse ou ansiedade, ele se encontra em um ponto neutro, nem feliz nem infeliz. Este equilíbrio representa o início de uma nova fase em sua vida. O tenista russo expressou otimismo sobre seu futuro, demonstrando resiliência e determinação na superação dos desafios enfrentados.