O treinador Daniel Sousa compartilha suas reflexões sobre as estruturas táticas que mais aprecia, destacando a importância do ponta-de-lança e do jogador número 10 em sua abordagem ao jogo. Ele defende que existem apenas duas estruturas fundamentais no futebol moderno, adaptáveis conforme o perfil dos jogadores disponíveis. Além disso, Sousa ressalta a relevância desses dois papéis específicos na construção da equipe e na busca pelo gol.
Daniel Sousa enfatiza que acredita em duas principais formações para uma equipe de futebol, adaptando-as conforme as características individuais dos atletas. Ele prioriza a formação com quatro defensores, três meio-campistas e três atacantes, especialmente quando possui um volante e um meia-atacante talentoso no elenco. Essa estrutura permite uma maior flexibilidade ofensiva e suporte ao centroavante principal.
Segundo Sousa, essas duas formações básicas podem ser ajustadas de várias maneiras. Por exemplo, a variação do 4x3x3 pode se transformar em um losango no meio-campo, enquanto o 4x4x2 pode incluir um meia-atacante ou dois atacantes centrais. O treinador também considera a possibilidade de adotar sistemas com três zagueiros, embora prefira manter-se fiel às estruturas que acredita serem mais eficazes. A escolha da formação inicial é crucial, pois define como os jogadores se movimentarão durante a partida e influencia diretamente o sucesso da equipe.
Para Sousa, o centroavante desempenha um papel fundamental na definição da estratégia tática. Ele destaca que o perfil psicológico do atacante é tão importante quanto suas habilidades técnicas. Um centroavante resiliente, capaz de lidar com falhas e continuar buscando oportunidades de gol, é essencial para manter a eficácia ofensiva da equipe. Além disso, a presença de um meia-atacante próximo ao centroavante oferece suporte e cria mais opções de ataque.
O treinador lamenta a escassez de meias-atacantes puros no futebol contemporâneo, sugerindo que muitos desses jogadores migram para outras posições em busca de maior participação no jogo. No entanto, Sousa mantém a convicção de que o papel do meia-atacante ainda é vital para equilibrar a dinâmica entre o meio-campo e o ataque. Ele explica que, ao construir seu sistema a partir da ideia de marcar gols, todas as decisões táticas são pensadas para maximizar as chances de converter as oportunidades criadas. Isso inclui desde a escolha do guarda-redes até a maneira como a equipe sai jogando, seja por meio de passes curtos ou diretos.